Alguma coisa de errado
acontece
no meu coração
tenho tantas quimeras
ainda que cansado
ainda que cansado
faço tanto de tão pouco
e de maneira afobada
e de maneira afobada
esperando produzir uma espécie de ouro
inédito
termino pobre, alienado
termino pobre, alienado
não conheço muitos poetas
e tudo é tristeza no rosto dos atletas
mais disciplinados
estou pronto
mas pra quê?
mas pra quê?
perco a cada minuto
o mesmo jogo continua
me torno então um espectador
cheio de anseio e esperança
- o poluente -
cheio de anseio e esperança
- o poluente -
e necessidade de dinheiro
perco.
não me incomodo em perder
mas o jogo recomeça
mas o jogo recomeça
tomo os sorrisos, trejeitos dos errantes
como expressão da sinceridade última.