domingo, 13 de abril de 2014

13 de abril, Domingo

Tenho preguiça. Hoje foi um dia normal, como todos os Domingos. Fui ao Planetário, à museus de arte, vi a final do campeonato Mineiro entre os dois maiores times da cidade(ainda não fui capaz de escolher para qual deles torço). Sim, foi um dia normal.
Ontem também foi um dia normal. Acordei 9 horas da manhã, a polícia ligou dizendo que um casal de ladrões havia quebrado o vidro do meu carro – de madrugada, eu o havia estacionado estrategicamente numa ribanceira com o objetivo de conduzi-lo na manhã seguinte até o posto para colocar a gasolina que o carro não tinha. Fui à delegacia fazer o BO; um homem que ali estava disse ter identificado os suspeitos ao fugirem, e que um vestia a camisa do Cruzeiro. Me levaram uma mochila velha que continha nada mais do que 2 cadernos com estudos, notas pessoais, e um livro que eu comprara no dia anterior - “Literatura e Semiótica”, de Décio Pignatari. Pelos trechos que li, parece ser um livro interessantíssimo. Provavelmente foi jogado fora, ou convertido em cerveja, na comemoração do título no dia seguinte.
Tudo absolutamente nos conformes. Tenho profunda consciência de que a Natureza é uma espécie de Messias depravado.


Eu deveria mesmo anotar todos os rastros que coletei, documentá-los, orientar o sentido desses indícios como um detetive? Ou aceitá-los em sua primariedade, como signos passíveis de significados inúmeros?