segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

extraterrestre

então. faço apenas escrever. sem pensar em ti, naquele que lê  ou no tempo do verbo, somente escrever para exercitar o pensar.  penar por prazer.
já pensou na cara gorda, nos dentes afiados dos peixes capturados na rede do nosso círculo de amizades? e os boçais e gordos, inflados cheios de espinhos? começamos a assumir bizarras formas marinhas subterrâneas.
Já pensou amanhã com que cara vou pro trabalho tendo ficado na frente do computador de madrugada ouvindo minhas próprias coisas, escrevendo minhas próprias coisas, trocando idéias com meus amigos num plano azul calcinha? ainda bebado. hábitos. desses que fazem  um dia escorrer pelos dedos.
Ok. podemos entregar agora nosso gordo tema da escrita que tramamos, a paranóia. Porque a essa altura, certamente alienígenas estarão interessados em nossos pensamentos.
Mas, calma. O que é que temos que interessaria tanto os alienígenas? despertamos o a libido dos nossos companheiros universais? Estamos fazendo contatos extraterrenos agora, mas não nos importa o que eles pensam de nós. yes.we.can. uma pergunta que sempre quis fazer: alienígenas são neuróticos? têm déficit de atenção, TOC, problemas com fumo, álcool, essas coisas? será que teremos que inventar uma psicanálise extraterrestre?
eu não posso escrever, não passo pelo filtro de sócrates, nem pelo meu. o idealismo, uma tolice sublime, essa talvez seja no fim das contas a filosofia que rege minha vida de cujas rédeas não me dou conta. e nem sustento o certo. agora estou pela metade. boa noite.