de tempos em tempos vou arrumando minha cama de ilusão
ela é mais doce, serena e pura do que a realidade é
coberta por inúmeros lençois de fineza indiscernível
da vida tal como vista pelos olhos do poeta palhaço
às vezes eu me deito nela e olho para o teto
espero por nada, amo o tempo da preguiça
sabendo ser tudo passageira ilusão
que me amamentará no tempo da velhice.